RESENHA DO DIA
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Dani Atkins/Google Images |
AUTORA: DANI ATKINS
EDITORA: ARQUEIRO (No
Brasil)
SINOPSE: A noite do acidente que mudou
tudo... Depois de cinco anos, a vida de Rachel está desmoronando. Ela mora
sozinha em Londres, num apartamento minúsculo, tem um emprego sem nenhuma
perspectiva e vive culpada pela morte de seu melhor amigo. Ela daria tudo para
voltar no tempo. Mas a vida não funciona assim... Ou funciona? A noite do
acidente foi uma grande sorte... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel é
perfeita. Ela tem um noivo maravilhoso, pai e amigos adoráveis e a carreira com
que sempre sonhou. Mas por que será que ela não consegue afastar as lembranças
de uma vida muito diferente.
RESENHA
Até que
ponto, local e/ou circunstância o Amor pode ir? Será que até a eternidade?
Estas foram às perguntas que a londrina e autora, Dani Atkins, buscou
responder, através das palavras em seu romance, ou melhor, em seu primeiro
livro, no enredo do Jimmy e da Rachel: “Fractured: What if life offered you a second chance?”/“Uma Curva No Tempo: E
se a vida lhe desse uma segunda chance? ”.
O romance que
foi lançado, no Brasil, pela Editora Arqueiro, tem 235 páginas, fala sobre a
nova vida da protagonista, a qual se divide em dois tempos: um antes e um
depois, do acidente, em um universo paralelo, principalmente, quando ela se dá
conta de quem é o seu amor. Isto é, a Rachel começa a juntar as situações, os
momentos e notar quem é o verdadeiro dono de seu coração.
No começo do
livro, que é um pouco conflitante, vemos a Rachel (e seu egoísmo), vivendo, de
cabeça, um luto eterno pelo seu grande amigo Jimmy, não se permitindo a ser
feliz, vivendo todos os seus sonhos destruídos e não tendo vontade, afirma-se
que nenhuma, de seguir adiante, em nada, nem com ninguém. Como também, notar
que o pai dela estava, praticamente, a beira da morte, o atual/ex noivo e
demais amigos bem vida.
Até que
pensamos o livro ser mais um romance, afirmo, com o seguinte enredo: a mocinha
sentindo-se culpada, com tudo e todos, sofrendo toda aquela vitimização, mas, nos
quarenta e cinco do segundo tempo, da prorrogação, tem-se uma reviravolta, e:
tudo muda! Os leitores, os quais já leram o romance, voltam páginas e páginas,
buscando entender e fazendo com que fiquemos mais presos a história.
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Foto: @leituraemcachos |
Da mesma
forma, a Rachel, ainda continua em conflitos mentais, nos levando também e nos
permitindo a refletir sobre a nossa vida e como realmente a queremos: podemos
mudar? Seria como se ela estivesse presa em um mundo paralelo, o qual teria
ficado, acredito eu, que no seu inconsciente, se o acidente não tivesse
acontecido.
Todavia, nos
mostra também, a força de um amor, quando verdadeiro, o qual sempre esteve
presente e ela pouco notou, deu valor, importância, mesmo que os sinais
estivessem ali, só que aprendeu a decifrar, na mente dela, tarde demais e que
por um simples presente da vida, tudo muda e aquilo que era concreto desmorona
para se reconstruir.
É preciso
salientar que a autora, acredito que deva ser da escola de Machado de Assis, lida
muito com o tempo da narrativa, na questão do foco em questão: Em que presente
vivemos e estamos? Como andar para frente, se preciso entender, e as pistas
ficaram no meu passado? O que dizer de mim mesma quando nem sei quem sou?
Quem ainda
for ler este livro, não perca tempo, deve se ater, já bem no final quando tudo
é revelado, seus olhos enchem de lágrimas, e veem o poder do Amor que vai até a
eternidade!
JORNALISTA/PE
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